«Pela primeira vez desde os tempos da troika, 20 sindicatos e uma Federação, dentre eles o Sindicato dos Jornalistas, representativos de diferentes centrais e setores de atividade – da CGTP-IN, da UGT e de estruturas independentes – juntaram-se para organizar a “Conferência Sindical Contra o Retrocesso Laboral”, uma iniciativa inédita no movimento sindical português.

O encontro surge em resposta às propostas de alteração ao Código do Trabalho e a um conjunto de medidas governamentais que representam um claro retrocesso nos direitos laborais conquistados. A conferência visa debater, denunciar e mobilizar contra políticas que fragilizam a contratação colectiva, ampliam a precariedade e limitam o poder de negociação dos trabalhadores.

“Esta unidade sindical alargada mostra que, quando os direitos dos trabalhadores estão em causa, a resposta tem de ser firme, clara e convergente”, sublinharam os promotores.

Durante os trabalhos, intervirá um representante da Comissão Promotora para enquadrar a Conferência, será apresentada uma declaração sindical dos promotores e intervirá um representante da UGT, Presidentes, Secretários-Gerais e Coordenadores de Sindicatos e outras organizações, que irão analisar os impactos das medidas propostas, partilhar experiências de luta nos diversos sectores de actividade e apontar caminhos de resistência e convergência sindical, com vista a impedir o retrocesso e afirmar novas perspectivas de progresso laboral e social.

A Conferência Sindical Contra o Retrocesso Laboral assume-se, assim, como um marco de unidade na diversidade sindical, colocando no centro a defesa dos direitos, da justiça social e da dignidade de quem trabalha.»

A Comissão Promotora da Conferência:

Federação Nacional dos Médicos; Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Secretário-Geral); Sindicato dos Capitães. Oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante; Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira; Sindicato dos Funcionários Judiciais; Sindicato dos Jornalistas; Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte; Sindicato dos Trabalhadores da Metalurgia e Metalomecânica do Distrito de Viana do Castelo; Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social; Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas; Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços do Minho; Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta; Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, Confecção e Têxtil da Região Norte; Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes; Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios e Vestuário do Centro; Sindicato Nacional da Indústria e da Energia; Sindicato Nacional do Ensino Superior; Sindicato Nacional dos Maquinistas de Caminho de Ferro Portugueses; Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores; Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins; Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica.

“CGTP convoca unidade de todas as estruturas sindicais e organizações de trabalhadores”

«São mais de 100 artigos no pacote laboral, «mais de 100 propostas ao serviço dos patrões». A revisão transversal do Código do Trabalho levado a cabo pela direita (com o apoio quase total da Iniciativa Liberal e Chega), não inclui uma única das propostas que a CGTP, a estrutura sindical mais representativa em Portugal, fez ao longo do tempo, «em especial para revogar da lei as matérias que já lá hoje constam e que tanto prejudicam os trabalhadores: zero!»

São zero as propostas, defende Tiago Oliveira, «que resolvam problemas» transversais ao mundo do trabalho, seja a precariedade (1.3 milhões de trabalhadores com vínculos precários), os horários de trabalho (1.9 milhões de trabalhadores com horários desregulados) ou os baixos salários (2 milhões de pessoas vivem na pobreza mesmo trabalhando). Ao contrário do que Luís Montenegro e o seu governo afirmam, «que querem negociar», «que é um documento aberto», o secretário-geral da CGTP alerta que os trabalhadores precisam de entender bem «qual o ponto de partida que nos colocaram nesta suposta discussão».

fonte: AbrilAbril
www.abrilabril.pt/trabalho/cgtp-convoca-unidade-de-todas-estruturas-sindicais-e-organizacoes-de-trabalhadores

Fonte: https://jornalistas.eu/20-sindicatos-e-uma-federacao-unidos-contra-o-retrocesso-laboral/

+ info:
https://www.abrilabril.pt/trabalho/cgtp-convoca-unidade-de-todas-estruturas-sindicais-e-organizacoes-de-trabalhadores

https://cnnportugal.iol.pt/lei-laboral/cgtp/milhares-de-pessoas-concentram-se-em-lisboa-contra-retrocesso-social-da-reforma-laboral/20250920/68cec9d1d34e58bc6795f871

https://eco.sapo.pt/2025/09/24/cgtp-marcha-a-8-de-novembro-contra-pacote-laboral-e-admite-greve-geral-num-futuro-proximo/

https://www.cgtp.pt/informacao/comunicacao-sindical/21632-conclusoes-da-reuniao-do-conselho-nacional-2

https://www.rtp.pt/noticias/politica/os-trabalhadores-estao-fartos-cgtp-marchou-no-porto-e-em-lisboa-contra-pacote-laboral_n1685000

 

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