COMUNICADO
“Os governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta.” Ativistas bloqueiam segunda circular.
Esta manhã, um grupo de trabalhadores e estudantes do Climáximo bloquearam o trânsito na segunda circular, em Lisboa, em frente à sede da Galp. Dez ativistas sentaram-se no chão e dois subiram à ponte pedonal, segurando uma faixa onde se leu “Os governos e as empresas declararam guerra à sociedade e ao planeta”.
vídeos: https://mab.to/t/5H096qURg6O/eu1
Pelas nove da manhã um grupo de dez trabalhadores e estudantes sentaram-se em frente ao trânsito da Segunda Circular, em frente à sede da Galp, tendo cortado o trânsito nas várias faixas no sentido Benfica-Aeroporto. De seguida, dois ativistas penduraram-se com uma faixa a meio da passagem pedonal. Vários ativistas foram levados do local pela PSP, enquanto os bombeiros foram chamados para remover os ativistas pendurados.
Segundo a porta-voz na ação, Noah Zino, “As emissões de 2021 condenaram à morte 9 milhões de pessoas. A cada dois dias, só as emissões de Portugal matam mais do que os incêndios de Pedrógão. Há décadas que os governos e as empresas sabem da destruição e morte da crise climática, e escolheram continuar a queimar combustíveis fósseis, apesar de haver alternativas mais baratas e seguras disponíveis.“
“São atos de guerra as cheias que mataram milhares de pessoas e arrasaram cidades este setembro, os 8 milhões de deslocados no Paquistão, e dezenas de milhares massacrados todos os anos com as ondas de calor na Europa. Cada fogo, furacão ou seca é uma bomba largada sobre nós pela indústria fóssil e os governos que a subsidiam” acrescenta outra ativista no local.
“A tentativa de aumento de emissões, com novos projetos de morte como aeroportos ou gasodutos, corresponde à tentativa consciente de construir novos campos de concentração e matar centenas de milhões de pessoas” remata a porta-voz.
“Precisamos de desarmar os agressores e construir a paz”, lê-se no site do coletivo. Aqui, apresentam um “plano de desarmamento” em que incluem Neutralidade Carbónica até 2030 em Portugal, 100% de eletricidade renovável e acessível até 2025, serviço de transportes coletivos públicos, renováveis e gratuitos, habitação pública, redução da aviação e um serviço público de energias renováveis, entre várias outras medidas. Já na proposta de “plano de paz”, mencionam serviços básicos incondicionais (“garantir saúde, educação, habitação, alimentação, energia renovável e transportes de forma gratuita e no setor público, para todas as pessoas”), propõem centrar a economia no cuidado em vez do lucro, transição justa para os trabalhadores das indústrias com mais emissões, ou a reforma da floresta.
“Enquanto decorre uma guerra numa escala sem precedentes, cada dia que agimos com normalidade é um dia que alimentamos uma falsa sensação de paz. Estamos em 1937, mas desta vez tu podes escolher se cooperas com a construção e funcionamento de projetos de morte. Os governos e empresas fósseis declararam guerra à sociedade. Sabendo o que sabes, o que vais fazer?” apela o coletivo, que havia prometido mudar tudo sobre o ativismo climático em Portugal.
Climaximo.pt
Mais informação:
Assessoria de imprensa: Mariana Rodrigues – 926 824 347
Porta-voz no local: Noah Zino – 911 857 620
Fontes:
[1] https://www.mdpi.com/1996-1073/16/16/6074 – nº mortes/emissões.
[2] https://www.climaximo.pt/reivindicacoes/ – plano de desarmamento e paz.
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