COMUNICADO: DEPOIS DE VÁRIOS MESES DE TEMPERATURAS RECORDE, COMEÇA HOJE ONDA DE AÇÕES PELO FIM AO FÓSSIL
Estudantes vão “parar escolas e instituições” para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025.
Começa hoje a onda estudantil de ações pelo fim aos combustíveis fósseis. Estudantes de 10 escolas começam hoje a fazer ações para reivindicar o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, “garantindo que este é o Último Inverno de Gás em Portugal”. Desta vez, os estudantes vão também causar disrupção nas instituições que dizem estar a condenar o seu futuro. Este movimento é organizado em Portugal pela Greve Climática Estudantil.
“Vivemos em crise climática, provocada pelo sistema fóssil e consentida pelas instituições que nos deviam representar”, diz Beatriz Xavier, de 19 anos e porta-voz desta onda de ações. “Quando nascemos, o mundo já sabia desta crise e os governos já reuniam para fazer promessas vazias. Este sistema falhou à nossa geração”.
Hoje estão previstas ações nas faculdades de Psicologia (FPUL), de Belas-Artes (FBAUL), de Ciências (FCUL) e de Letras (FLUL) da Ulisboa, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), na Universidade de Coimbra e nas secundárias Camões e Filipa de Lencastre. Estão previstas ações noutras escolas durante os próximos dias.
Leonor, de 17 anos, também porta-voz desta onda de ações, explica porque fazem ações nas escolas e instituições de poder: “As escolas são o nosso espaço de luta, onde os estudantes se podem organizar para criar mudança na sociedade. Vamos causar disrupção nestas para visibilizar que estamos a estudar para um futuro que nos está a ser roubado. Mas precisamos também de ir aos espaços onde são tomadas as decisões nos estão a condenar”.
“Os prazos que damos são os essenciais para evitar o colapso e fazer uma transição coerente com a ciência e justiça.” afirma Beatriz. “Para isto acontecer, precisamos de um serviço público de energias renováveis. Crises políticas e corrupção são inevitáveis num sistema focado no lucro das empresas. A transição justa só acontece se a energia for planeada e gerida fora da esfera do mercado e das mãos das empresas. Este é o nosso plano, estes são os nossos termos. Qualquer que seja o governo, não vai ter paz até se comprometer com estes termos. Não podemos dar paz a quem condena o nosso futuro a troco de lucro. Não há paz até ao Último Inverno de Gás.”
Os estudantes já anunciaram que dia 24 vão ocupar o ministério do Ambiente, numa ação a que dão o nome de “Visita de Estudo”. Convocam toda a sociedade a juntar-se a uma marcha de apoio que irá partir nesse dia de manhã da praça Camões.
Mais informação:
- Porta-vozes gerais: Beatriz Xavier (962 852 880) e Leonor (966 294 061)
- Assessoria: imprensa@greveclimaticalisboa.org ou Catarina Bio (926 153 898)
- Ficar a par: Entrar no grupo de Telegram atualizado ao minuto: https://t.me/fimaofossil
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