Apoiantes do grupo consideram que o falhanço da democracia portuguesa face à crise climática exige criar um debate público pelas próprias mãos. 3 foram detidos.
Esta tarde, um grupo de 7 apoiantes do Climáximo pararam mais uma estrada, desta vez no cruzamento entre a Avenida 5 de Outubro e a Avenida de Berna. No local, contestaram em espaço público a legitimidade da democracia portuguesa. Foram detidos pela PSP. Uma senhora no passeio gritou “é preciso algemar pessoas pacifistas?”
António Assunção, porta-voz no local, refere que “Este domingo, 12 pessoas foram retidas pela polícia por estarem a conversar perto da maratona da EDP, num processo que quebrou a lei múltiplas vezes. Sabemos que é nisto que o estado prefere gastar os seus recursos em vez de garantir a sobrevivência dos seus cidadãos, ou a dignidade dos trabalhadores da indústria fóssil”, referindo-se aos eventos do passado dia 8. “Há muito que o estado e as empresas sabem das mortes e destruição que causam com a crise climática. Se são eles os culpados desta guerra, teremos de ser nós a criar democracia.” remata o porta-voz.
Temos de construir paz onde existe emprego digno, onde transportes coletivos e a produção de energia não são responsáveis pela morte de milhares de pessoas, onde a vida é colocada no centro. Para isso ser possível, é preciso desarmar a indústria fóssil através de resistência popular – e só o poderemos fazer com toda a sociedade. Se foi preciso quebrar a normalidade em todos os momentos históricos de injustiça, este não será excepção. Como diz o secretário-geral das Nações Unidas, precisamos de “tudo, em todo o lado, a toda a hora” – o mundo precisa de ti, porque democracia é isto mesmo.


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