COMUNICADO:”De que servem os monumentos, se permitirmos que a Humanidade passe à história?” – Climáximo pinta castelo de São Jorge em Lisboa***Esta manhã, apoiantes do Climáximo pintaram de vermelho o castelo de São Jorge em Lisboa para apelar às pessoas para “pararem de normalizar a violência da crise climática”. Convocam para uma ação de “resistência climática em massa” no dia 23 de Novembro.***Esta manhã, apoiantes do Climáximo entraram no castelo de São Jorge, pintando uma das fachadas deste edifício histórico. Ao mesmo tempo, lançaram uma faixa onde se lia “23 Nov, Parar Enquanto Podemos”, convocando uma ação de massas para essa data. O coletivo afirma que a crise climática é um ato deliberado de guerra por parte de governos e empresas contra as pessoas e o planeta, e que a sociedade tem de parar de normalizar estes ataques contra a vida e resistir contra os culpados. Sara Gaspar, apoiante do Climáximo e porta voz da ação, afirma que “o Verão de 2024 foi o mais quente desde que há registo e na semana passada isso ficou visível de forma dramática com os incêndios que devastaram o Norte do país, matando 9 pessoas e destruindo dezenas de casas. Esta tragédia, assim como os períodos de seca extrema, tempestades e ondas de calor, que causarão cada vez mais mortes e migrações forçadas, tem culpados: os governos e empresas incendiários que sabem há décadas que estão a levar-nos para o colapso, mas que decidem manter os seus lucros com a queima de combustíveis fósseis, condenando pessoas aqui e em todo o lado à morte e à miséria. Nada disto é normal, tal como nada disto é inevitável. Temos de pará-los.”Apesar de este ter sido um ano em que os impactos da crise climática se fizeram sentir com extrema intensidade, os governos de todo o mundo continuam a permitir a expansão da queima de petróleo, gás e carvão e investimentos em novas infraestruturas fósseis.Sara, bióloga de 31 anos, afirma que “Os castelos são algo que todas as pessoas querem preservar. Mas de que servem monumentos históricos, se permitirmos que a humanidade passe à história? Amanhã o castelo de São Jorge estará restaurado mas as pessoas mortas e casas destruídas não irão regressar. Enquanto não pararmos de consentir e começarmos a mobilizar-nos para desafiar os planos assassinos de governos e empresas, eles vão continuar a matar e causar devastação por todo o lado. Não há cultura numa sociedade e num planeta morto, e nós recusamo-nos a aceitar esse caminho. A cada dia tens de escolher: vais consentir com a destruição da vida ou vais entrar em resistência para pararmos esta guerra antes que seja tarde demais?”.O coletivo convida todas as pessoas—”trabalhadores, estudantes, mães, pais, filhos, precários, desempregadas, avós, netos”— a participarem na ação de resistência civil em massa “Parar Enquanto Podemos” no dia 23 de novembro, altura em que estarão a ser fechadas as discussões na Conferência das Nações Unidas pelo Clima (COP29) assim como do Orçamento de Estado (OE), em Portugal. Na convocatória, o coletivo afirma que “dia 23 de Novembro não pode ser um sábado normal em que agimos como se estivesse tudo bem, quando estamos em risco de perder tudo. Enquanto eles planeiam condenar à morte as pessoas à nossa volta, não as podemos deixar continuar o seu dia normalmente.” Indicam que a ação será “acessível a toda a gente”, tendo como objetivo “abordar pessoas nas ruas e cafés, tal como quebrar a normalidade ao bloquear uma das praças mais centrais da cidade”. A primeira assembleia de preparação terá lugar dia 5 de Outubro, às 15h, na Praça José Fontana, em Lisboa, e é aberta a todas as pessoas.
Ação 23 de Novembro “Parar Enquanto Podemos”: https://www.climaximo.pt/parar-enquanto-podemos/
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