Edição 39 (Out-Nov-Dez)
Os tempos são críticos para o Ocidente «fortaleza», com a sua falsa paz ameaçada pela guerra global e pelo aumento de fluxos migratórios. O Mediterrâneo não é um cemitério, é um local de crime, e a gestão militarizada das fronteiras é potenciada pela monitorização e vigilância a todos os níveis, com particular uso das apps digitais. Além dessa matéria de destaque da Edição 39 (Out-Dez), acompanhamos os protestos pela habitação e convidamos a descobrir o projecto de habitação comunitária Akra em Montemor-o-Novo; e olhamos ao esvaziamento da cidade do Porto, num arco que vai do despejo do STOP aos despejos de anteriores espaços comunitários.
Nestes 50 anos de Abril, evocamos a Reforma Agrária no concelho de Vimieiro, naquela que é a primeira parte de uma necessária memória para a construção política da Agroecologia. Questão da terra que prossegue, neste número, com a memória da escravatura negra nos arrozais do Sado, ou das lutas dos baldios em Sever do Vouga. Estas ultimas que, de volta à actualidade, nos levam às monoculturas da floresta industrial e a questionar a perseguição policial lançada em nome da prevenção dos incêndios sobre os poucos habitantes que restam nesses territórios. Assunto que se liga ao extractivismo que ameaça o Barroso e outras serras onde ecoa o grito «Não às Minas». Preenchem as demais páginas notícias de resistência, vozes de presos/as, sugestões de filmes e livros, entre outras peças, em mais uma edição deste projecto de Informação Crítica inteiramente feito por um colectivo de voluntários. O mesmo que apela à assinatura de um jornal que convida à leitura pausada, mas inquieta, de 40 páginas em papel, postas a circular de 3 em 3 meses, e à espera de seguir para a tua morada.
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