COMUNICADO
Climáximo pinta fachada do MAAT para denunciar a guerra da EDP
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Esta manhã, apoiantes do Climáximo pintaram a fachada do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (financiado pela EDP) denunciando a centralidade da empresa na economia fóssil portuguesa, o seu papel no custo de vida, e a sua falsa imagem de empresa “verde”.
Duas apoiantes da Climáximo foram detidas esta manhã após cobrirem de vermelho a escadaria do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, da EDP, em Lisboa.
“Viemos hoje ao MAAT para denunciar a guerra da EDP contra a sociedade e o planeta”, pode ler-se no comunicado recebido na redação. A EDP é uma das principais importadoras de combustíveis fósseis para produção de energia em Portugal, sendo “diretamente culpada pelas mortes e destruição que advêm da crise climática. Ao mesmo tempo que nos condena a catástrofes a curto e longo prazo, a empresa utiliza expedientes como a Fundação EDP, proprietária do MAAT, para lavar a sua imagem.”
Ana Maria, ex-bombeira, enfermeira humanitária, e porta-voz da ação, avança que “a EDP está conscientemente a quebrar os limites colocados pela ciência climática, que corresponde à quebra dos nossos direitos humanos mais fundamentais. Eles estão ativamente a lucrar com a crise climática e do custo de vida, enquanto lavam a sua imagem com instituições como a fundação EDP, ou metas de descarbonização a décadas de distância. Sabemos que as crises que causaram estão presentes hoje e agora na vida das pessoas, por isso não podemos consentir com a sua normalidade.”. A EDP é proprietária de centrais a carvão em outros países e aposta no gás fóssil – em Portugal e fora – para continuar a aprofundar a guerra contra a sociedade.
Este é já o 3º protesto do coletivo numa semana que começou com a interrupção da Conferência da Eurogas, no dia 28, e da Portugal Renewable Energy Summit, no dia 29. Demonstrando nestas ações o “Plano de Desarmamento” das empresas fósseis, o coletivo sublinha no seu site a necessidade de um “Plano de Paz” que garanta uma transição justa de todos os trabalhadores de indústrias poluentes, e a garantia de direitos para os portugueses.
O Climáximo lançou esta semana, em conjunto com outras organizações, uma convocatória para a manifestação pública de Resistência Climática, que está marcada para o dia 9 de dezembro às 14 horas no Saldanha. Lá está planeada uma assembleia com os participantes sobre o que fazer face à crise climática e do custo de vida.
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