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Comunicado Climáximo:
Durante a manifestação do dia da mulher em Lisboa, 2 apoiantes do coletivo de justiça climática, à semelhança das ações feitas pelas sufragistas na luta pelos direitos das mulheres, estilhaçaram os vidros do Banco Santander Totta por “estar a financiar conscientemente o colapso climático.
Neste 8 de março, um bloco ecofeminista marchava na Avenida Almirante Reis rumo ao Rossio, durante a manifestação do Dia da Mulher, quando, em Arroios, duas mulheres presentes, utilizando coletes do Climáximo, se dirigiram à fachada do Banco Santander Totta e calmamente partiram os vidros da montra, com recurso a martelos, à semelhança das ações das sufragistas na luta pela igualdade de género. 2 mulheres foram identificadas. Através da pressão das dezenas de pessoas em redor, foram libertadas e o bloco ecofeminista, constituído por apoiantes do climaximo, continuaram a marcha.
“O Santander é responsável por financiar petrolíferas, as empresas que nos estão a matar: a nós às mulheres, no mínimo 4 vezes mais que aos homens” refere Maria Mesquita, uma das mulheres que tomou ação hoje. “Enquanto isso, a nossa autonomia corporal está novamente a ser dissecada numa mesa de operações política. A crise climática é um resultado de colocar o lucro acima da vida, de ignorar todo o trabalho reprodutivo necessário para manter a vida, desde a regeneração da Terra até ao cuidado entre as pessoas. Este trabalho invisibilizado é colocado sobre as mulheres, igualmente invisibilizadas. Resolver a crise climática implica resolver a crise de cuidados gritante atual.”
A solução, afirma, é simples: uma economia centrada na vida e não no lucro, com desenvolvimento de transportes públicos, redistribuição do trabalho, entre outros. “Mas primeiro, temos que parar a violência contra os nossos corpos e contra a vida. Estas empresas andam a financiar petrolíferas, a financiar armas de destruição massiva. Não podemos consentir que as empresas e os governos não sejam responsabilizados pelas suas escolhas conscientes de destruição. Está nas nossas mãos parar esta guerra brutal contra as nossas vidas.”
O coletivo de justiça climática que tem o feminismo como um dos seus pilares indica que não haverá justiça de género até haver justiça climática, pois a crise climática afeta mais as mulheres, aumenta a violência física e sexual sobre as mulheres e exerceba as desigualdades exisitentes. Maria acrescenta que, “Se estás farta de ficar quieta enquanto que os governos e as empresas destroem tudo à nossa volta, junta-te à resistência climática. Serão as mulheres e todas as pessoas a fazer a mudança necessária e garantir que a vida é mais importante do que o lucro de alguns ultra-ricos”.
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