Foi assim que a polícia e direção de um Faculdade Portuguesa reagiram a uma Ocupação pela Palestina no passado dia 27 de Maio em Lisboa. This is how the police and management of a Portuguese College reacted to an Occupation for Palestine on the 27th of May in Lisbon.

Depois de ter sido publicamente anunciada a intenção de ocupar a Nova Medical School, na passada segunda-feira a direção, sem qualquer tipo de tentativa de dialogar connosco, decidiu impôr restrições à entrada na faculdade. Havia também 6 polícias a patrulhar o interior e o exterior da faculdade.

Ao final da tarde, à frente da fachada da faculdade montamos uma assentada, que também havia sido previamente anunciada, em apoio às 5 estudantes que usaram uma sala de aula (aberta a estudantes) para abrir uma faixa.
A polícia fechou a faculdade e durante horas mais polícia foi chegando.

Formaram uma linha policial em frente à faculdade.
A maior parte dos agentes da polícia não tinha identificação e recusou identificar-se quando pedido. Proferiram ameaças de violência; empurraram diversas vezes os estudantes; “reteram” uma estudante durante duas horas e tentaram agredir e tirar o telemóvel a uma estudante por estar a filmar.

Por volta da meia-noite, a polícia de intervenção chegou e entrou na sala onde as 5 estudantes se encontravam à varanda e, sem qualquer aviso ou ordem da polícia para saírem, foram subitamente puxadas para dentro da sala por 20 polícias.
A polícia empurrou-as, puxou-as pelos cabelos, proferiu insultos e ameaças, usando força excessiva para as deter. Não receberam sequer acusações coerentes pois não desobedeceram a nenhuma ordem da polícia, não causaram danos à sala e estavam dentro de uma instituição pública onde estudam e pagam propinas.

As manifestantes fora do edifício sentaram-se pacificamente na estrada para bloquear a saída das carrinhas da polícia, em protesto e defesa das estudantes detidas. A polícia recorreu ao uso de força para as remover, puxando-as de forma agressiva, incluindo pelo pescoço, e tentando ativamente impedir que estes atos violentos fossem filmados.
A polícia usou repetidamente força excessiva para reprimir os protestos e, depois de retirarem as estudantes que bloqueavam a estrada, usaram os bastões para as agredir de novo.

Condenamos a violência policial e a postura reacionária e profundamente autoritária adotada pela nossa faculdade, que a facilitou.

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