No estabelecimento prisional do Linhó, em Cascais, não há água nas torneiras desde domingo. Os reclusos não podem tomar banho nem beber água, sendo distribuídos garrafões de água que não cobrem as necessidades básicas.
É inadmissível e desumano que uma prisão com uma lotação para 584 pessoas não tenha acesso a água canalizada. Não se compreende a demora na resolução desta situação, com a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) a dar informações contraditórias: diz que a situação está quase resolvida, contrariando os relatos das pessoas presas no Linhó.
Além disso, a greve dos guardas prisionais tem levado a limitações nas visitas aos reclusos e no acesso ao bar, onde poderiam comprar bens e comida para além daquela que é servida no refeitório. A DGRSP desresponsabiliza-se de toda esta situação, num país que tem sido alvo de críticas, a nível nacional e internacional, pela forma como trata os reclusos. A entrada num estabelecimento prisional não pode suspender os direitos das pessoas numa visão meramente punitivista.
Exigimos que as pessoas tenham acesso a água canalizada e a bens e serviços básicos. É preciso assegurar políticas públicas que reconheçam a cidadania e a humanidade dos reclusos, para que depois tenham condições de resgatarem a sua vida em liberdade.
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