A SACHOLA:
📢‼️ Comunicado d’ A SACHOLA, 22/12/24
Há sete anos que as comunidades de Covas do Barroso, Romainho e Muro lutam contra um mega-projeto de minas de lítio a céu aberto, numa região classificada como Património Agrícola Mundial pelas Nações Unidas. O projeto da Savannah Resources prevê a abertura de quatro minas a céu aberto, uma unidade de transformação que funcionaria 24 horas por dia, durante sete dias por semana, uma barragem de rejeitados permanente e três escombreiras, numa área total de 592 hectares e localizada a escassos 150 metros das casas.
Este projeto faz parte de uma política global extrativista, que, há séculos, destrói comunidades e territórios – uma política colonial e violenta. Sob o mantra da “desmaterialização” e da “transição energética”,a indústria automóvel, mineira, militar e fóssil são salvas pelos Estados e pelas empresas, ao mesmo tempo que a criminalização das lutas se torna mais agressiva que nunca. Nós somos uma das comunidades que testemunham a realidade destes mantras falaciosos. Somos também uma das comunidades que lutam para resistir à hidra extrativista e para preservar modos de vida em harmonia com a Terra.
Há uns meses, a Savannah Resources solicitou à Direção-Geral de Energia e Geologia uma “servidão administrativa” que lhe confere o direito legal de entrar e trabalhar em terrenos privados e baldios para novas prospecções. Esta autorização entrou em vigor no dia 6 de dezembro de 2024, por um período de um ano.
Esta é mais uma etapa numa longa luta. Uma luta que sempre acolheu aliadas e amigas. Ao longo dos anos, tivemos a sorte de nos encontrarmos e de estabelecermos laços, de lutarmos e de construirmos juntas.
Agora, fazemos um apelo às nossas redes de apoio para que:
🔴 Organizem benefits nos vossos espaços e territórios.
Precisamos de apoio financeiro para um projeto que temos vindo a discutir há muito tempo, e que agora se torna ainda mais necessário e urgente. Queremos construir um espaço que sirva simultaneamente de ponto de encontro e de acolhimento.
🔴 Organizem workshops, discussões, debates e filmes nos vossos espaços e territórios.
Estamos disponíveis para vos ajudar a pensar e propor ideias/ debates/ workshops/ viagens.
🔴 Criem materiais visuais para mostrar a nossa oposição nas aldeias.
Podem ser faixas, autocolantes, cartazes, placas, etc. Trata-se de material destinado ao exterior, que será colocado em casas, nas ruas, nas praças, ou seja, terá de ser durável (madeira, faixas, lonas etc.). No que diz respeito ao transporte, podemos trabalhar em conjunto para coordenar o transporte destes materiais.
Algumas ideias para o conteúdo: “Savannah, fora daqui!”; “Fora os caga lérias da Savannah”; “Barroso resiste, Savannah desiste!”; “O Barroso vai resistir!”; “O Barroso não se compra com dinheiro”; “No Barroso, manda o povo!”; “Para lá do Marão, mandão os que cá estão!”; “Savannah, ponham-se no caralho”; etc.).
Se tiveres a energia, bora! ✊️💚
Se tiveres alguma necessidade ou dúvida, contacta-nos deixando um comentário ou contactando diretamente um de nós.💜
Nao às minas, sim à luta. Sempre.
No Barroso, manda o povo!🖤
Até já,
A SACHOLA
Telegram : @asachola
📢‼️ Communiqué from A SACHOLA 22/12/2024
For the past 7 years, the local communities of Covas do Barroso, Romainho and Muro have been fighting against a mega-project for open-pit lithium mines in a region classified as a World Agricultural Heritage by the United Nations. The “Mina do Barroso” project, owned by Savannah Resources, plans to open four open-pit mines, a processing plant that would operate 24/7, a permanent waste tailing dam and three slag heaps, totalling a 592-hectare area, only 150 metres from people’s homes.
This project is part of a global extractivist policy that has been pillaging communities and territories for centuries; a colonial and violent policy. It comes at a time when we are fed the mantra of “dematerialisation” and “energy transition,” all the while governments and corporations step in to save the automotive, military and mining industries, and the criminalisation of struggles is more aggressive than ever. We are one of the communities witnessing the reality of this deceit. We are also one of the communities struggling to resist this extractivist hyena and preserve ways of living that are in harmony with the land.
A few months ago, Savannah Resources asked the Directorate General of Energy and Geology for an ‘administrative easement’ giving them the legal right to enter and work on private and commonlands (baldios) for new prospecting. This came into force on 6.12.24, for a period of one year.
It’s a new stage in a long struggle. A struggle that has always welcomed allies and friends. Throughout the years, we have been fortunate to have met and forged links, to fight and to build together.
🚨🚨We’re now calling on our networks to: 🚨🚨
🔴 Organise benefits in your geographies.
We need financial support for a project that we’ve been discussing for a long time, and which has now become all the more necessary and urgent. We want to creat a space where people can meet and feel welcome.
🔴 Organise workshops, conversations and cinema discussions in your georgaphies.
Some of us are available to think and propose ideas/conversations/workshops/movies.
If you have energy, let’s go! ✊️💚
If you have any needs or questions, please contact us by leaving a comment or by contacting one of us directly. 💜
Nao às minas, Sim à luta. No Barroso, manda o povo! 🖤
(No to mining, yes to struggle. In Barroso, the people rule!)
Until soon,
A SACHOLA.
Telegram : @asachola
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