Célula vimaranense dos neonazis do Grupo 1143 incita ao ódio contra a população imigrante e espalha ameaças por ativistas antirracistas.
Depois de, no dia 26 de janeiro, uma loja, de pessoas imigrantes, no centro da cidade de Guimarães, ter sido vandalizada com cruzes suásticas e com o logo dos neonazis do Grupo 1143, na noite do passado dia 15 de agosto, a mesma loja voltou a ser alvo de um ataque racista com a colagem de autocolantes, do mesmo grupo, e, com a realização de um vídeo que expõe o local e faz uso de um discurso que constitui crime de incitamento ao ódio e à violência contra as pessoas imigrantes (artigo 240 do Código Penal).
Porém, no mesmo dia, assim como nos subsequentes, ameaçaram também ativistas antirracistas colando autocolantes do grupo neonazi nas suas portas de casa, e/ou na porta do seu prédio, usando este método para constranger opiniões diferentes, tentando silenciar estas pessoas.
Entretanto, no dia 20 de agosto, em bando e com t-shirts do grupo neonazi 1143, voltaram às imediações da loja das pessoas imigrantes, para mais uma ação se intimidação e de colagem de autocolantes racistas.
Liderado pelo cadastrado Mário Machado, que aguarda em liberdade enquanto decorre prazo para recurso de nova pena, o Grupo 1143 é a maior associação de facto a perfilar ideologia fascista e neonazi, desde o 25 de Abril de 1974, e, tem sido alvo de inúmeras investigações e notícias em diversos Órgãos de Comunicação Social. Agora, o conhecido neonazi pretende realizar uma manifestação, em Guimarães, no dia 5 de outubro. Para o efeito, criou uma célula do grupo em Guimarães, a 15 de julho.
Desta forma, era de prever que a violência racista regressasse a Guimarães. Depois de grupos inconstitucionais como o 1143 usarem a Internet para espalhar o medo e notícias falsas como forma de promover as suas ideologias racistas e xenófobas, era expectável que esta instigação ao ódio afetasse o dia-a-dia das pessoas que habitam em Guimarães.
Por isso, é muito importante parar já esta escalada de violência, desmantelando estes grupos neonazis, prendendo os seus cabecilhas e principais generais. Mais ainda, acreditamos que a manifestação neonazi que pretendem realizar não tem condições para ser realizada e pedimos um posicionamento público de todos os agentes políticos e das nossas instituições democráticas.
Para concluir, não podemos permitir que instrumentalizem a cidade de Guimarães e a tornem o centro do ódio para legitimar e normalizar ideologias racistas. Assim, as pessoas de Guimarães, assim como as associações e os coletivos de Guimarães e do país inteiro, estão unidas na realização da Marcha Guimarães pela Liberdade, para assinalar e celebrar a República e assegurar que, quer Guimarães, quer o resto do país não são racistas e não compactuam com a instigação ao ódio e à segregação social. Deste modo, fazemos um apelo a que todas as pessoas, coletivos e associações se unam na mobilização para a manifestação Guimarães pela Liberdade, no dia 5 de outubro.
Guimarães pela Liberdade
Deixe um comentário