Pelo segundo dia consecutivo activistas ambientes realizam acção directa em Lisboa. Depois da acção de ontem que visou o Ministro do Ambiente desta vez foi a World Aviation Festival a decorrer na FIL Lisboa que foi interrompida e a sua fachada pintada de vermelho.
Deixamos abaixo o comunicado do colectivo que realizou a acção.
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COMUNICADO
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“A indústria da aviação está a matar-nos”. Ativistas interrompem e pintam a fachada do World Aviation Festival, em Lisboa.
Vídeo: https://mab.to/t/diwO2Q9m273/eu1
Esta manhã, ativistas do Climáximo e Scientist Rebellion pintaram a fachada da FIL, onde decorria a conferência “World Aviation Festival”. Interromperam ainda uma sessão que contava com a presença de executivos de empresas de aviação. Denunciaram a indústria da aviação, que afirmam ser culpada por milhares de mortes associadas à crise climática. Cinco ativistas foram identificados pela PSP.
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Os ativistas chegaram pelas 10h da manhã ao recinto da FIL, onde decorria o “World Aviation Festival”, celebrado no “dia mundial do turismo”. Um grupo de ativistas pintou de vermelho a fachada do edifício, erguendo a mensagem “Eles estão a matar-nos”, enquanto um outro grupo interrompeu a sessão “What is the future of the global aviation industry”, onde discursavam CEOs e executivos da Emirates, Pegasus Airline, IATA, International Airlines Group e da TAP. Os ativistas acusaram os palestrantes e toda a indústria da aviação de serem culpados das milhares de mortes e de despejos provocados pela crise climática todos os anos, e de estarem reunidos num evento desenhado para expandir a capacidade de matar em massa. Cinco ativistas foram identificados pelas forças policiais no local.
Em comunicado, os ativistas descrevem a conferência como o local de planeamento do duplo crime do crescimento da aviação e do despojar das cidades para o usufruto dos ricos e de turistas.
“As empresas, os governos e os ultra-ricos estão, deliberadamente, a matar e a despejar dezenas de milhares de pessoas por todo o mundo. Eles sabem o que estão a fazer, e mesmo assim não vão parar de queimar combustíveis fósseis, voar nos seus jatos privados, construir mais hotéis e planear mais aeroportos.”, afirma Inês, ativista do Climáximo.
Inês acrescenta ainda que “não podemos permitir que eventos criminosos como estes passem em branco. É a vez de serem eles a pagar pela destruição que estão a causar, sendo urgente: o fim das emissões de luxo, em particular, banir jatos privados; o fim dos despejos e a reconversão dos ALs, hotéis e residências de luxo para servirem a função social de alojamento das pessoas; e a redução da aviação, proibindo a construção de novos aeroportos, limitando voos e investindo na ferrovia, garantindo que esta transição seja paga pela indústria da aviação.
Os ativistas reforçam que os culpados por estas crises não vão parar de matar, cabendo à sociedade travá-los, e apelando à participação na manifestação “Casa para viver, planeta para habitar”, dia 30 de Setembro, em Lisboa. No entanto, o grupo Climáximo admite não acreditar na capacidade de ação do governo devido à sua culpa pela crise, convidando todas as pessoas para as apresentações que irá organizar de 1 a 3 de Outubro sobre como travar a dizimação da humanidade.
Mais informações:
Inês – 912 656 904
Alice – 936 665 875
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