Dezasseis anos depois da lei 16/2007, o acesso ao direito ao aborto legal, seguro e gratuito continua a encontrar obstáculos inaceitáveis.
Há cada vez menos hospitais a realizar a interrupção voluntária da gravidez. Não há um contacto telefónico especializado para o qual se possa ligar para saber onde se dirigir e como proceder. Mais de uma dezena de hospitais não realiza o ato e os encaminhamentos não funcionam devidamente, por falta de consultas ou da devida articulação. A informação tem de ser repetida a cada chamada, a empatia na resposta nem sempre existe. É frequente ser necessário contactar vários serviços de saúde, presencialmente, por telefone e por e-mail, até conseguir marcar uma consulta com dias de espera para lá do recomendado.
Ainda que 71% das IVG sejam feitas em unidades do Serviço Nacional de Saúde, e que outras tantas se realizem encaminhadas pelo SNS, continua a haver quem tenha de recorrer diretamente a hospitais privados e a hospitais estrangeiros porque o SNS não responde a tempo. O prazo curto de 10 semanas, o mais curto entre os países europeus que legalizaram a interrupção voluntária da gravidez, torna-se ainda mais curto com as barreiras institucionais que enfrenta.
O direito ao aborto legal, seguro e gratuito foi conquistado após décadas de luta. Tivemos de passar pela insegurança da clandestinidade, por perseguições e julgamentos, por inúmeros protestos e iniciativas legislativas sem sucesso, por dois referendos. Não aceitamos que este direito seja negado na prática.
No dia 28 de setembro, Dia Mundial do Aborto Seguro, reivindicados o direito à saúde sexual e reprodutiva:
1 – Criação de uma linha única para encaminhamento dos pedidos de interrupção voluntária da gravidez.
2 – Alargamento territorial da rede de serviços de saúde que realizam interrupção voluntária da gravidez.
3 – Mais investimento na Saúde Sexual e Reprodutiva.
4 – Educação Sexual e para os Direitos Sexuais e Reprodutivos quer ao nível da formação básica de todas as pessoas quer ao nível específico dos profissionais de saúde.
No dia 28 de setembro, Dia Mundial do Aborto Seguro, reivindicados o direito à saúde sexual e reprodutiva:
1 – Criação de uma linha única para encaminhamento dos pedidos de interrupção voluntária da gravidez.
2 – Alargamento territorial da rede de serviços de saúde que realizam interrupção voluntária da gravidez.
3 – Mais investimento na Saúde Sexual e Reprodutiva.
4 – Educação Sexual e para os Direitos Sexuais e Reprodutivos quer ao nível da formação básica de todas as pessoas quer ao nível específico dos profissionais de saúde.
Fonte: @clube_safo
Foto: @julianji.matti (@ativismo.em.foco ) 8M | Marcha Dia Internacional das Mulheres | Greve Feminista Internacional 2023 | Porto
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