As ativistas do protesto de hoje no Rato sairão do tribunal em breve.
De notar que, no vídeo, três pessoas da população saíram dos seus carros e do passeio para cooperar com as ativistas. Uma pessoa é vista a agredir violentamente as ativistas.
Hoje de manhã, três ativistas do Climáximo fizeram um protesto na Rua de São Bento, perto do Rato. As ativistas sentaram-se no chão e bloquearam o trânsito durante mais de vinte minutos. Nos panfletos distribuídos, levanta-se a pergunta: “Sabendo o que sabes sobre a crise climática, o que vais fazer?” Três ativistas foram detidas na açãoEsta manhã, por volta das 8h, nova artéria da capital foi bloqueada por ativistas climáticos do coletivo Climáximo, depois de ontem terem parado o trânsito na Segunda Circular. Desta vez, o protesto foi levado até mais perto do poder legislativo, na Rua de São Bento. Três pessoas voltaram a sentar-se no chão, impedindo a circulação automóvel durante cerca de vinte minutos Enquanto isso, outros ativistas distribuíram panfletos onde se lê: “Sabendo o que sabes sobre a crise climática, o que vais fazer?” A PSP interveio e os três ativistas foram detidos no local e levados para a esquadra do Rato.
“Os governos e as empresas declararam guerra contra a sociedade e ao planeta. Esta declaração unilateral está a traduzir-se em ataques: catástrofes – ditas “naturais” – para garantir uma desresponsabilização dos culpados pelos seus crimes conscientes e coordenados.” refere Mariana Rodrigues, porta-voz do coletivo.
“As cheias em Nova Iorque, na semana passada colocaram a cidade inteira em estado de emergência e desalojaram centenas de milhares de pessoas. Um total de 8 milhões de pessoas estão afetadas pelo estado de emergência declarado por causa das chuvas torrenciais. Isto foi a segunda maior queda de água na cidade desde que há registos. Estes são eventos “seculares”, é suposto acontecerem uma vez por século. Contudo, estão a tornar-se a nova normalidade do colapso climático. Temos de dizer a verdade: as cheias de Nova Iorque foram ataques dos governos e empresas que mantêm o uso de armas destruição em massa – infraestruturas de altas emissões.” acusa Noah Zino, uma das onze ativistas ontem detidas e presentes esta manhã a tribunal.
“As cheias de Nova Iorque chegaram menos de um mês depois das cheias na Líbia, em que morreram mais de 10 mil pessoas. Neste momento, estamos a perder cidades inteiras para a crise climática, e isto está a acontecer com 1,2 ºC de aquecimento, enquanto os governos e as empresas apontam para 3 a 5 ºC”, acrescentou.
“A sociedade vive num estado de guerra. Cada dia em que ignoramos a nossa realidade física é um dia em que compactuamos com o genocídio e o ecocídio dos governos e das empresas emissoras.”, termina Mariana Rodrigues.
“O Climáximo convida toda a população (inclusive as trabalhadoras e funcionárias dos jornais que lêem este texto) a dizer a verdade a si próprias sobre o estado em que estamos, e a resistir para defender a vida e tudo que amamos.” pode ainda ler-se no comunicado enviado às redações.
Climáximo
NOTA: Fotografias, vídeos e atualizações do comunicado serão feitos pelo canal de Telegram do Climáximo, devido ao facto da assessora de imprensa estar hoje presente em tribunal. Link: https://t.me/+mg8zBSHLhvpjOTVk
http://climaximo.pt
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