A “honra” de ser nazi, o crime de ser anti-racista – ou a “raça” da Justiça O ciclo “Conversas por Fazer”, promovido pelo colectivo O Lado Negro da Força, regressa ao Goethe-Institut no próximo dia 11 de Novembro, às 15h, para mais uma discussão temática. Com o título “A ‘honra’ de ser nazi, o crime de ser anti-racista – ou a “raça” da Justiça”, o debate tem como ponto de partida o julgamento de Mamadou Ba. No passado dia 20 de Outubro, o activista anti-racista internacionalmente reconhecido – e premiado – pela defesa dos Direitos Humanos, foi condenado, pela justiça portuguesa, ao pagamento de uma multa de 2.400 euros, por difamação do neonazi cadastrado Mário Machado. A sentença satisfez as pretensões da procuradora do caso que, nas alegações finais, defendeu que o “Estado português deve defender a honra de um cidadão português nascido em Portugal”. O argumento, além de sugerir um enorme viés contra cidadãos nascidos fora de Portugal – como Mamadou Ba –, surge esvaziado do que realmente importa condenar. Afinal, que honra tem um criminoso de carreira, que professa o ódio, e lança campanhas online de “caça ao preto”? Conversemos! Com a presença da jurista Anizabela Amaral e do activista Pedro Luqueia Santarém, como convidados.