Já não é só em Lisboa que os estudantes estão a ocupar universidades contra os combustíveis fósseis, Coimbra juntou-se com uma série de acções ao longo da tarde noite tanto na universidade como pela cidade.
“COMUNICADO: Estudantes anunciam onda de ações pelo fim ao gás e aos combustíveis fósseis em Coimbra segurando uma faixa onde se pode ler “ Não há paz até ao último Inverno de Gás” no Paço das Escolas
Na manhã de dia 13 de Novembro, estudantes do colectivo Fim ao Fóssil de Coimbra usaram uma faixa e fumos no Paço das Escolas da Universidade de Coimbra, em frente da torre da Cabra, para “ denunciar a incoerência entre a parceria da Universidade de Coimbra, considerada a instituição mais sustentável em Portugal e a 29.ª do mundo, com o Banco Santander que “ investe em fósseis ”, dado que “ desde o Acordo de Paris, o Banco Santander, para além de investir em carvão e petróleo, já financiou mais de $15 mil milhões em combustíveis fósseis e ”investir em gás fóssil é investir directamente no caos climático”, explica Maria Lourenço, porta-voz do colectivo.
Denunciam a parceria da Universidade de Coimbra com o Banco Santander, banco que,
segundo Maria, “ financia a crise climática em particular a indústria fóssil que nos está a matar “.
“ O Santander é um banco que financia a crise climática visto que duplicou o seu investimento em fósseis em dois anos num momento em que a ONU nos diz que é impreterível acabar com os combustíveis fosseis até 2030 a fim de evitar o colapso climático e todas as consequências que isso alberga”
“ Não podemos deixar passar em branco o facto de a nossa universidade ter esta parceira criminosa com uma entidade que está ativamente a financiar a destruição do nosso futuro”, diz Maria Lourenço, porta-voz do colectivo.
Alegam o greenwashing presente na Universidade, que , de acordo com Maria “ conta com painéis nos seus diversos polos passando a ideia de que é efectivamente uma instituição de ensino que tem em conta a sustentabilidade “ e acusam a mesma de ser ” incoerente de princípios e desonesta para com os seus alunos, porque, se fosse realmente a universidade mais sustentável do país nunca aceitaria parcerias com bancos e entidades que financiam a indústria fóssil”.
Pelo quarto ano consecutivo, a Universidade de Coimbra (UC) foi considerada a instituição de ensino superior mais sustentável em Portugal e a 29.ª do mundo, de acordo com o ranking Times Higher Education Impact Rankings 2023.
“ Nós, os estudantes de Coimbra, não aceitamos que a nossa universidade, que nos deveria estar a proteger e a preparar para o futuro, esteja a compactuar com o roubo do mesmo”
Anunciam a onda de ações estudantis pelo fim aos combustíveis fósseis que tem início hoje, dia 13 de Novembro, em Coimbra e em Lisboa e que promete “ não dar paz aos governos e instituições de ensino ” até que estes “ cumpram o único plano compatível com a ciência climática, que é a eletricidade 100% renovável até 2025 e o fim dos combustíveis fósseis até 2030 “.
“ Com esta onda de ações pretendemos relembrar Coimbra que a luta estudantil está viva e veio para ficar. Seguimos o apelo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que apelou “ à disrupção para parar com a destruição “ e por isso, estudantes em Coimbra e Lisboa prometem “parar escolas e instituições para garantir um futuro”.
Durante a noite de ontem colocámos faixas em diversos polos da Universidade de Coimbra.
Colocámos também uma faixa na Estação Nova, estação central de Coimbra que vai encerrar
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