No passado outono de 2022, Fim ao Fóssil: Ocupa!, ocupou mais de 50 escolas e universidades.
Em Maio de 2023, a campanha ocupou 75 escolas e universidades em 12 países.
Neste final de novembro prometem perturbar pacificamente as instituições educativas, bem como as instituições políticas, para “levantarem a sua voz face ao fracasso político” e “lutarem por uma sociedade justa para todos”.
Em Portugal as ações começaram no dia 15 de Novembro e nós estávamos lá para assinalar o momento, na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, mas a realidade é que nos últimos dias um pouco por todo o mundo têm surgido ações estudantis de ocupação de Faculdades e algumas Escolas Secundárias.
Com estas acções este movimento global estudantil tenta expor que apesar dos acordos internacionais, como o Acordo de Paris, e dos compromissos voluntários de redução das emissões, tanto por parte dos governos como das empresas, o mundo está no caminho certo para atingir um aquecimento de 2°C até 2050, com tudo o que isso implica, exposto em vários estudos científicos conhecidos.
Estas ocupações são marcadas pelos mais variados atos, conversas, palestras, acampamentos nas Universidades, aulas, exposições, cantinas vegetarianas, filmes, concertos, manifestações e ações de desobediência civil decididos em assembleias estudantis horizontais regulares.
Ao dia de hoje há registo de dezenas de ocupas em 6 países, sendo que a espectativa é o número aumentar nos próximos dias com a entrada em cena do Reino Unido, Espanha, Países Baixos e até o Uganda.
Ficam aqui então alguns registos do que foi acontecendo ao longo destes dias.
Na Chéquia entre 14 e 17 de Novembro 9 Faculdades estiveram ocupadas terminando o protesto numa grande marcha estudantil no dia internacional do estudante a exigir o fim ao fóssil.
Em Itália as Universidades de Roma, Parma, Turino e Pizza foram ocupadas, e validados por assembleias estudantis têm preenchido os dias com vários atos.
Na Coreia do Sul na Universidade Nacional de Seul foi revelado uma faixa de apoio.
Na Alemanha várias universidades juntaram-se ao protesto, sendo que na Universidade de Frankfurt foi realizada uma manifestação contra a precariedade nas universidades,
Na Austrália milhares de alunos saíram as ruas numa marcha pela justiça climática, apoiadas por cientistas, no dia 17 de Novembro, sendo que está ainda planeado o bloqueio do maior Porto de Carvão do Mundo a acontecer no período de 24 a 27 de Novembro.
No Uganda estudantes fizeram um protesto contra a REPSOL e os seus planos de expansão no território.
Por cá, no dia 24 de Novembro está marcada uma grande ação de desobediência no Ministério do Ambiente com ponto de encontro marcado para as 11h00 no Largo Camões em Lisboa.
Nós estamos a planear lá estar, mas se nos puderes nos ajudar a cobrir os custos associados a este direto entra em contacto connosco.
Pela soberania da informação.
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