Ontem, 31 de Dezembro, repetiu-se a vigília em solidariedade com os detidos em todo o mundo em especial em Portugal e tendo em conta a situação na Palestina com os milhares de Palestinianos detidos em Israel e em especial as mais de 500 crianças Palestinianas julgadas nesse país.
Apesar de uma concentração tranquila e sem quaisquer incidentes e provocações, por algum motivo ainda por perceber, um agente abordou a pessoa que tinha convocado a manifestação a exigir a sua identificação, algo a que ele se recusou o que provocou a situação que podes ver no vídeo abaixo.
Ontem, no final da manifestação contra todas as prisões, chamada pelas @vozes_dedentro e à qual aderiram vários coletivos solidários com luta da Palestina (como o @libertacaopalestina ou a @palestinaemportugues) um companheiro foi detido violentamente por vários polícias de uma Equipa de Intervenção Rápida, uma parte não identificados, sem nunca darem informação sobre quem estava a comandar a operação.
Quando comecei a gravar a cena, um deles descarregou bastonadas sem qualquer razão, mesmo depois de me ter identificado repetidamente como jornalista. Enquanto isso, empurravam outra gente, ameaçando com mais brutalidade. Mais tarde, um outro roubou-me temporariamente telemóvel apenas porque estava a filmar.
Mais de duas horas depois, o companheiro que foi detido saiu da esquadra em liberdade e com saúde. Mas a ironia da noite ninguém lha tira: numa manifestação contra a opressão do estado, o estado deixou bem claro porque ali estávamos, levando um de nós para dentro dos muros. Pois, voltaremos.”
Elemento do CMI – Indymedia Portugal presente no local.
Para além do que aparenta ser uma total desproporcionalidade de uso de força na detenção de uma pessoa, tal como aconteceu com a repressão imposta aos estudantes no mês de Novembro, fica igualmente evidente a falta de identificação de alguns agentes da Equipa Intervenção Rápida bem como o ignorar por parte dos agentes para a identificação do responsável por aquela operação quando solicitada por um jornalista, situação idêntica ao ocorrido na Manifestação pela Palestina em Outubro na Praça do Martim Moniz.
Tem vindo a ser crescente a repressão pelas forças de Polícia em Portugal, seja com a presença excessiva de elementos da policia altamente armados e o recurso a drones para acompanhar os protestos como registado na Manifestação Resistência Climática em Lisboa no passado 9 de Dezembro em Lisboa, seja com a detenção de Assessores de Imprensa e uso desproporcional de força que resultou num menor ferido na recente Visita de Estudo ao Ministério do Ambiente em Novembro em Lisboa, tudo isto numa altura em que esta a julgamento o caso de Violência Policial da Cláudia Simões.
Aparte de tudo isto ontem cerca de 50 pessoas marcaram presença por volta das 16h30 a frente do Estabelecimento Prisional de Lisboa para mostrar a sua solidariedade com aqueles que iniciam mais uma ano atrás das grades por este mundo fora.
Espreita o site do Vozes de Dentro para leres o manifesto do protesto e espreita as fotos e vídeos que captamos do protesto.
Mas esta ação de solidariedade não se restringiu a Lisboa e também em Coimbra houve uma concentração pelo mesmo assunto.
Coimbra // Concentração contra todas as prisões e pela Palestina Livre
“Hoje, juntamo-nos às companheiras da luta anti-carcerária para, neste último dia do ano, dizer aos presos que não os esquecemos, que não estão sozinhos
Também não esquecemos os 8 mil palestinianos presos nas prisões israelitas, nem as 500 crianças que todos os anos passam pelos tribunais militares da ocupação israelita.
De Coimbra à Palestina Ocupada, abaixo os muros de todas as prisões!
Palestina Vencerá!”
via Coimbra pela Palestina
guilhotina.info
Pela soberania da informação.
Deixe um comentário