No dia de reflexão nacional, apoiantes do Climáximo cortaram a estrada ao lado do Museu Nacional de História Natural e da Ciência: “Neste dia todas as pessoas têm de parar e refletir sobre o que vamos fazer, visto que travar a crise climática não está na mesa de voto, mas sim nas mãos das pessoas”. 3 ativistas foram detidas.
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No dia em que a sociedade tem de refletir sobre as suas escolhas, ativistas do Climáximo fizeram mais um bloqueio de estrada, desta vez ao lado do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, num ato de democracia radical, para apelar a que as pessoas, independentemente de em quem vão votar no dia 10, reflitam sobre o que vão fazer na semana seguinte, nos restantes dias do ano e durante os próximos quatro anos, quando nenhum governo que será formado e que terá mandato nos próximos 4 anos tem os planos necessários para travar a crise climática.
Leonor Canadas, porta-voz da ação, afirmou que “este ano vimos milhares de pessoas a perderem a sua vida ou sem acesso a condições básicas de sobrevivência por causa da crise climática. Ouvimos relatos de agricultores em Portugal que não conseguiam dormir por causa dos efeitos da seca e vimos notícias de que o Algarve está à beira de ficar sem água. Mesmo assim, nenhum partido que amanhã vai a votos tem propostas compatíveis com travar esta crise, preferindo continuar a pôr o lucro de alguns ultra-ricos acima da vida das restantes pessoas. Eleições em plena crise climática, com mandato para os próximos quatro anos, que não apresentam planos de uma transformação socioeconómica que salvaguarde as condições básicas à vida da população, demonstram que travar a crise climática vai acontecer nas ruas, e não nas urnas.”
Durante os 30 minutos que permaneceram a bloquear a estrada antes da polícia chegar, as apoiantes do Climáximo falaram com dezenas de pessoas. Leonor refere que “É preciso democracia radical. É preciso debatermos em conjunto como vamos travar a maior ameaça que a humanidade alguma vez enfrentou, dado que quem devia governar planeia levar-nos ao colapso climático e civilizacional. Não podemos continuar a consentir que os governos e empresas executem conscientemente planos de destruição. Está nas mãos das pessoas a vida de todas nós: não há abstenção sobre a crise climática. Todos os dias precisamos de resistir contra o ataque às nossas vidas. Hoje temos de parar e refletir sobre como nós vamos, em conjunto e com as nossas mãos, travar a crise climática nos próximos 4 anos.”
O coletivo por justiça climática tem levado a cabo diversas ações nas últimas semanas, apresentando no seu site um plano que une diversas propostas dos movimentos sociais, sindicatos e académicos sobre como se pode travar a crise climática em Portugal.
O Climáximo convida todas as pessoas a entrarem em resistência e, indepedentemente das escolhas no dia 10, no dia 11 de março juntarem-se à resistência popular para implementar um plano para verdadeiramente trave o colapso climático, parando os ataques contra a vida e alcançando justiça social. Dia 16 de março, às 15h, no Bota, o Climáximo tem uma apresentação pública para todas as que se queiram juntar e saber mais sobre como travar, em conjunto, a guerra que os governos e as empresas estão a cometer contra o planeta e as pessoas.
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