O protesto acusa o governo português e as instituições da União Europeia de “serem cúmplices do genocídio que o estado israelita está a cometer na Palestina”. Convocam toda a sociedade para se juntar à marcha “Unidas Contra o Colapso”, dia 8 de junho.
Durante esta madrugada, o Ministério dos Negócios Estrangeiros foi alvo de um protesto. A bandeira da Palestina foi pintada na fachada do edifício e várias janelas foram partidas. A ação deu-se em protesto contra a inação e cumplicidade do governo português e das instituições europeias com o genocídio na Palestina. O grupo diz-se em solidariedade com o Coletivo pela Libertação da Palestina, do Climáximo e do movimento “Fim ao Genocídio, Fim ao Fóssil”.
“Este Ministério representa a total cumplicidade do governo português com o genocídio na Palestina. Perante o massacre de milhares, não podemos dar paz a quem o está a permitir. Mas este problema vai além do governo português. As instituições europeias, tal como o nosso governo, continuam a escolher colocar o lucro acima da vida das pessoas, financiando o genocídio na Palestina e a indústria fóssil”, lê se na nota publicada de divulgação da ação.
Na fachada foi também escrito “8 de junho”, numa alusão à marcha “Unidas Contra o Colapso”, que irá ocorrer este sábado, nesse dia. Esta marcha reivindica o corte de todas as relações das instituições da UE e dos países europeus com o projeto colonial sionista, o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e gratuita até 2025. A marcha irá começar às 15h no Príncipe Real, e terminar junto ao edifício onde se encontram as sedes de representação do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia em Lisboa.
Os governos e instituições europeias estão confortáveis em ignorar e financiar um genocídio e o colapso climático e em condenar o futuro de todos. Precisamos de agir e escalar, de não dar paz a quem consente com genocídio e com a condenação do nosso futuro.
O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse há semanas que “seria injusto dizer que Israel quer eliminar o povo palestiniano”. Enquanto isso, mais de 35.000 pessoas foram mortas na Palestina desde o dia 7 de outubro, sendo pelo menos 13. 000 crianças, e mais de 76.000 foram feridas, tudo isto com a cumplicidade das instituições da União Europeia. Neste momento, 1.5 milhões de Palestinianos estão encurralados em Rafah, na Faixa de Gaza. Não resistir contra as instituições que estão confortáveis em condená-los é ser cúmplice. Quando olharmos para trás na história, vão dizer que fizeram o quê enquanto um genocídio acontecia?
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