Desde outubro de 2023, mês em que começou a ter lugar a vigília diária em solidariedade com o povo palestiniano em frente ao edifício da Câmara Municipal do Porto, com o objetivo de exigir o fim do genocídio perpetrado por Israel contra o povo palestiniano, que as pessoas presentes têm sido alvo de atos de violência física e verbal. Desde então, temos sentido na pele a total impunidade com que operam grupos organizados que tentam aterrorizar e negar os direitos constitucionais de reunião e expressão.
Dia 14 de novembro, mais uma vez, um grupo de quatro homens que se apresentaram como israelitas, de forma completamente descontrolada, exaltada e agressiva, ofenderam e proferiram ameaças de agressão e morte contra as pessoas que participavam pacificamente na vigília, para além de terem orgulhosamente incentivado ao genocídio e à violência contra o povo palestiniano, em mais um crime de ódio racista que, pela sua repetição cada vez mais frequente e pela inércia das autoridades legais, está a tornar-se normalizado e banalizado no espaço público da cidade do Porto.
Estes atos de violência têm-se intensificado, com espaços de tempo cada vez menores entre eles, e no mesmo dia 14 de novembro de 2024 pessoas que portavam símbolos palestinianos (lenços e bandeiras) foram, durante a tarde, atacadas física e verbalmente numa via pública do Porto, tendo uma delas de ser tratada no hospital por lesões oculares resultantes do uso de gás pimenta por parte dos agressores.
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