COMUNICADO
Doze pessoas detidas por estarem reunidas. Verdadeiros criminosos permanecem impunes.
Esta manhã, doze pessoas reunidas perto da maratona EDP foram levadas, por polícia à paisana, para a esquadra de Cascais, onde tiveram de permanecer por várias horas sem ter sido dada justificação legal. Climáximo denuncia ataque à liberdade e democracia.
Esta manhã, num local público próximo da partida da maratona EDP, em Cascais, dez agentes à paisana, vestidos com o equipamento oficial da corrida, detiveram doze apoiantes do Climáximo que estavam reunidos a conversar, levando-os para a Divisão Policial de Cascais, onde tiveram de permanecer 2 horas. Desconhecem-se os motivos da detenção.
Maria Mesquita, ativista no local, declara “esta manhã, estávamos sentados perto do local da maratona da EDP, como tantas outras pessoas, quando fomos abordados por 10 polícias à paisana que nos identificaram e trouxeram ilegalmente para a divisão policial de Cascais. Isto sem nunca identificarem qualquer base legal para a nossa detenção. É nisto que a EDP e Governo escolhem gastar os seus recursos e os recursos do Estado, em vez de garantir a requalificação das centenas de trabalhadores que foram despedidos quando fecharam a central termoeléctrica de Sines, em vez de desmantelar e garantir a transição justa para as centrais fósseis ainda em funcionamento em Portugal e em vez de se garantir que cumprimos os limites definidos pelas Nações Unidas, que garantem a segurança e os direitos das pessoas face a esta guerra declarada pela indústria fóssil e pelos governos.”
Hugo Fonseca, do Climáximo, indica que “hoje iria realizar-se uma manifestação pacífica de denúncia aos crimes da EDP, que não aconteceu”, e recorda que “foi retirado a estas pessoas o direito democrático à associação, livre circulação e protesto”.
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