COMUNICADO DE IMPRENSA
“Temos de parar de consentir com a normalidade do genocídio.” Dois apoiantes do Climáximo cobrem com tinta obra de Picasso no CCB.
Hoje, dois apoiantes do Climáximo cobriram com tinta vermelha obra de Picasso no Museu CCB em Lisboa . "Não há arte num planeta morto. Temos de parar de consentir com uma normalidade onde milhares são assassinados pelos governos e empresas emissoras. Junta-te a nós".
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Hoje, pouco depois do meio-dia, dois apoiantes do Climáximo cobriram de tinta vermelha a obra «Femme dans un fauteuil (métamorphose)» de Picasso, em exibição no Museu CCB, em Belém, como parte da Coleção Berardo. De seguida, os ativistas colaram-se perto da obra. Os ativistas denunciam a crise climática, uma guerra declarada às pessoas, conscientemente, por governos e grandes empresas emissoras. A obra, criada em 1929 pelo artista andaluz, encontra-se coberta por um vidro protetor, não tendo sido diretamente atingida. Anteriormente integrava a coleção privada do milionário Joe Berardo.
“Quando soldados alemães entraram no estúdio de Picasso em Paris, onde vivia durante a II Guerra Mundial, e viram o «Guernica» (a famosa obra-prima que retrata os horrores da guerra), perguntaram-lhe “fizeste isto?”. Ele respondeu “não, tu fizeste isto”. As instituições culpadas pelo colapso climático declararam guerra às pessoas e planeta. Temos de parar aceitar esta normalidade.” indica Sara, que esteve presente na ação.
“Em Espanha sofrem-se já perdas de colheitas cada vez mais catastróficas para a segurança alimentar das pessoas. Estamos a falar de fome patrocinada por empresas petrolíferas, com planos de expandir a sua infraestrutura de morte.” “Precisamos de toda a gente, em todo o lado, a toda a hora, a tornar impossível esta falsa sensação de paz. Vivemos uma normalidade em que os governos e empresas emissoras já nos estão a matar às centenas de milhar todos os anos com a crise climática, de acordo com a ONU. Toda a gente tem de parar de consentir. Temos de, conjuntamente enquanto sociedade, parar esta guerra.” apela Leonor Canadas, porta-voz do coletivo.
“É necessário desarmar o horror de novos projetos assassinos, desmantelar as armas ainda em funcionamento e conjuntamente concretizar um plano de paz. Em termos práticos, há que colocar um fim aos planos de novos aeroportos e expansão do gás em Portugal, parar os projetos da GALP no sul global, e fazer quem criou esta guerra pagar uma transição energética justa. Todos os culpados terão de pagar o plano de paz.” colmata a porta-voz.
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